segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

?

O oculto, o incerto.

Escrevo o que vem à mente. Não penso, não paro.

Apenas escrevo.

E assim surgem novas linhas.

Escrevo minhas angústias, escrevo os meus amores, escrevo os meus indefinidos sentimentos.

Como a forma de uma interrogação, curvilínea, com vácuo e ponto,

descrevo minha vida.

Inconstante, espaços em branco,

e o ponto que ainda não chegou.

Olho para o meu corpo e me estranho.

Não entendo como funciono, mesmo que todos os estudiosos tentem me explicar,

Não satisfazem a sede que tenho de me conhecer.

O que seriam as palavras então diante disto?

São vagas, abstratas, mesmo parecendo ser profundas.

Não respondem as questões, apenas ilude quem procura respostas.

Assim fomos ensinados, assim ensinamos.

E a vida prossegue dessa forma. Peculiar.

Enquanto isso, busco versos, fontes, vidas, amores

Que consigam desenhar em minha interrogação

A minha utopia aqui na terra,

Mesmo com algumas(muitas) falhas,

Mas que me façam pensar que é assim mesmo,

Que é assim que deve ser...

Para que eu viva como todos,

Sem muitas indagações,

Apenas existindo a cada novo abrir de olhos.

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