quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pedaço de papel,

Rabiscado, cortado,

Contendo coisas que não deveria conter,

De quem não se conteve.

Convém que sejam pensamentos soltos,

Nomes de amores, coisa e tal;

Futuros incertos, apostados

Como pedidos de natal.

São letras leves e soltas,

De quem não sabe inventar...

Apenas imita o que vê, ouve e sente.

E o pedaço despedaçado então se vai,

Junto de tudo que também não serve...

Será que se vão apenas os papéis,

Ou os sonhos também são despejados no mundo do dispensável?

E o coração, como fica?

Ah, vai saber!

Ele não sabe que as margaridas também choram

Quanto mais o que corre em seus corredores!

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