Pedaço de papel,
Rabiscado, cortado,
Contendo coisas que não deveria conter,
De quem não se conteve.
Convém que sejam pensamentos soltos,
Nomes de amores, coisa e tal;
Futuros incertos, apostados
Como pedidos de natal.
São letras leves e soltas,
De quem não sabe inventar...
Apenas imita o que vê, ouve e sente.
E o pedaço despedaçado então se vai,
Junto de tudo que também não serve...
Será que se vão apenas os papéis,
Ou os sonhos também são despejados no mundo do dispensável?
E o coração, como fica?
Ah, vai saber!
Ele não sabe que as margaridas também choram
Quanto mais o que corre em seus corredores!
Nenhum comentário:
Postar um comentário